A fobia é uma das manifestações psiquiátricas que mais atingem a população mundial em geral. Pelo menos 10% das pessoas em todo o mundo apresentam algum tipo de fobia, desenvolvida como consequência de diversos problemas e experiências de vida ainda na infância ou na adolescência.
No artigo de hoje vamos citar os principais tipos de fobia que podem ser diagnosticados na população, suas principais causas e como a psicanálise pode atuar no seu controle e tratamento. Confira!
O que é fobia?
A fobia é um quadro caracterizado por um medo persistente e irracional de alguma situação, objeto, animal ou atividade que não representa riscos reais à sua integridade física ou moral. Os sintomas da fobia são muito similares aos da ansiedade, como sudorese excessiva, taquicardia, dificuldade para respirar e uma constante sensação de pânico.
Quando detectada e diagnosticada, a fobia deve ser tratada para evitar maiores consequências para a saúde psicológica e física de um indivíduo. Para esse fim, existem várias linhas de tratamento psicoterapêutico que podem ajudar o paciente a se livrar dos traumas e enfrentar os próprios sentimentos.
Quais são os principais tipos de fobia?
A fobia pode ser dividida em três grandes tipos: a agorafobia, a fobia social e a fobia simples. Conheça as principais manifestações de cada um deles:
Agorafobia
A agorafobia é caracterizada por um sentimento de medo e insegurança em espaços públicos e abertos, geralmente cheio de pessoas. As pessoas que apresentam esse tipo de fobia se sentem inseguras e ansiosas em ambientes como centros comerciais, cinemas, shows e ruas muito cheias, especialmente se elas enfrentam algum tipo de dificuldade em sair desse local. Em casos muito extremos, o indivíduo que manifesta a agorafobia só se sente seguro em sua própria casa.
Fobia social
A fobia social é um dos tipos mais comumente diagnosticados em pessoas com traumas psicológicos mais graves. Ela é caracterizada pela dificuldade e o medo do indivíduo de socializar ou se expor a situações em que possa se sentir envergonhado ou julgado. O medo de falar em público é uma das formas mais comuns da fobia social, podendo também ser representada por medo de falar com estranhos, medo de frequentar ambiente com desconhecidos e, em casos mais graves, pode levar ao desenvolvimento da Síndrome do Pânico.
Fobia simples
A fobia simples é caracterizada pelo medo específico de algum animal, situação ou objeto, como o medo de aranha (aracnofobia), medo de altura (acrofobia), medo de lugares fechados (claustrofobia) e até medos relacionados ao ambiente (trovões, chuvas, raios) e a situações médicas (injeção, sangue, doenças).
O que pode levar ao desenvolvimento de uma fobia?
Não se sabe exatamente quais as causas do desenvolvimento de qualquer tipo de fobia, porém, a psicanálise já consegue relacionar esse quadro com a possibilidade do indivíduo ter vivenciado traumas e situações na vida infantil, ou durante o seu amadurecimento, que tenham refletido nessa condição psicológica. A angústia e a ansiedade decorrente desses traumas podem evoluir para quadros de fobia, especialmente quando não são tratadas corretamente.
Como a psicanálise ajuda no tratamento de fobias?
A psicanálise entende a fobia como uma consequência dos problemas do nosso inconsciente, relacionada com quadros de angústia e ansiedade. Freud foi um dos primeiros psicanalistas a descrever uma teoria para o desenvolvimento e tratamento das fobias, afirmando que suas manifestações eram muito semelhantes às encontradas em quadros de neurose e histeria.
Como a fobia pode ser a consequência de um sentimento de culpa, desejo retraído ou de outros traumas relacionados à situações que somente o inconsciente percebeu, a psicanálise é a linha ideal para ajudar o paciente a lidar com seus próprios conflitos, para que ele possa ser capaz de compreendê-los e superá-los, deixando para trás os sintomas dessa doença.
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Sou psicóloga e estou com paciente com sintomas de Claustrofobia. Ela tem fobia de locais fechados, não entra em elevadores, nem em bancos, ela sequer consegue viajar, isto por não conseguir entrar em veículos de qualquer espécie. A paciente relatou que certa vez ficou trancada em uma caminhonete com um homem que queria obrigá-la a fazer sexo com ele. Há anos ela vem sofrendo com este trauma. Tenho trabalhado com ela pela associação livre, mas até o momento ela só conseguiu viajar da cidade aonde mora, para uma cidade vizinha, ela viajou de ônibus, sentada no banco da frente e com a condição de deixar pelo menos a janela aberta, ainda não consegue entrar em bancos, e/ou em lugares aonde as portas se mantem fechadas, consultório médico por exemplo.