Conhecida por muitos como o “mal do século”, a depressão é um distúrbio no qual a pessoa encontra-se, resumidamente, em um estado de baixa autoestima, profundamente melancólica e sem vontade de dar continuidade às atividades diárias. É importante ressaltar que não se trata apenas de uma tristeza corriqueira, mas sim de uma angústia tão grande com relação ao mundo que impossibilita a pessoa de seguir em frente, acarretando, inclusive, o aparecimento de indícios físicos no organismo.
Com sintomas tão comuns, muitas pessoas podem achar que estão com depressão quando não estão e vice-versa. Então, como identificar se alguém está realmente sofrendo desse distúrbio? E quais os caminhos corretos para tratamento desse paciente? Essas são questões cada vez mais importantes nos dias de hoje e, por isso, desenvolvemos este texto como forma de ajudar as pessoas a compreender melhor essa doença e suas formas de tratamento por meio da psicanálise.
Como detectar a depressão?
No decorrer dos últimos séculos, estudiosos renomados dedicaram seus esforços para identificar aspectos intrínsecos à depressão como forma de buscar meios para seu tratamento. Sigmund Freud, por exemplo, no texto “Luto e Melancolia” (em alemão, a palavra melancolia é um sinônimo para depressão), explica suas interpretações sobre o tema estabelecendo diferenças entre o fato de perder alguém amado (luto) e estar em estado depressivo (melancolia).
Em ambos os casos, são notados os seguintes sintomas:
- desânimo profundo;
- falta de interesse em assuntos relacionados ao mundo;
- ausência do desejo de amar;
- falta de energia;
- pessimismo exacerbado.
A principal diferença entre a depressão e o luto, segundo Freud, encontra-se na visão de que o sujeito depressivo tem sobre si mesmo: na primeira, ocorre uma autodesvalorização que é ausente no segundo.
Embora esses sintomas sejam as principais referências de um quadro depressivo, sabe-se, por meio de pesquisas e de acompanhamento de casos que alguns efeitos físicos também são decorrentes do estado depressivo. São eles:
- fadiga;
- anorexia;
- insônia;
- dor de cabeça;
- desconforto gástrico.
Qual o melhor caminho para tratar a depressão?
Uma vez que o paciente seja identificado em um quadro depressivo, a contribuição de um psicoterapeuta é fundamental, pois quando se trata de sofrimento de ordem psíquica, ele é o profissional com conhecimento adequado para guiar o paciente até a cura.
Primeiramente, o psicoterapeuta irá conversar com o paciente para identificar (e, por consequência, fazer com que ele também identifique) as angústias que o levam a encobrir seus desejos. Uma vez ciente dos incômodos que causam tamanho desestímulo, a análise servirá como caminho para que o sujeito se autovalorize novamente.
Embora essa trajetória não seja imediata, o percurso por si só já trará alívio ao paciente que, aos poucos, consegue retornar às suas atividades diárias.
E quanto aos medicamentos na depressão?
Tão comum quanto a depressão é a ocorrência de pacientes que acreditam no tratamento farmacológico como única forma para cura do distúrbio. Contudo, qualquer medicamento deve ser evitado inicialmente, até que um médico psiquiatra recomende essa intervenção por meio de psicotrópicos como forma de melhorar os resultados do tratamento.
Em hipótese alguma o tratamento de uma pessoa com depressão deve ser realizado somente com a utilização de remédios, sob o risco de vício e distanciamento de uma cura definitiva.
Você já sofreu com a depressão ou conhece alguém que tenha passado por isso? Ainda tem dúvidas sobre como a psicanálise pode ser importante no tratamento desse distúrbio? Entre em contato conosco ou deixe aqui o seu comentário, teremos prazer em respondê-lo!
Boa tarde! a respeito da depressão tenho muitas dúvidas sim, estamos com uma pessoa na família que acreditamos ter esse problema, porém, gostaríamos de ter certeza do diagnóstico; ela sempre procurou recursos sozinha, mais queremos ajudá-la agora, qual profissional devemos procurar de início? e se devemos levá-la ou não nesse primeiro momento? se também falamos com ela primeiramente. Obrigada, aguardamos contato. Elis núbia S. Carvalho.