Muitas vezes na vida é preciso enfrentar a perda de um objeto ou de uma pessoa amada. Situações como essa acontecem desde a mais tenra idade, quando, por exemplo, uma criança perde o brinquedo favorito ou quando bebê passa pelo desmame vivenciando a perda do contato com o corpo da mãe para tornar-se um sujeito, até a fase adulta, período em que a perda passa por um processo de ressignificação tornando-se ainda mais dolorosa.
Independentemente da idade, do gênero, raça ou classe social, essa trajetória é comum a todos e é preciso que lidemos com a presença do sofrimento que, em muitos casos, é tão intenso que o sujeito não sabe como suportá-lo ou mesmo como cessá-lo. A boa notícia é que há maneiras de lidar com essas perdas emocionais e tratamentos para auxiliar nesse estágio tão difícil e universal. Veja mais informações sobre essa fase e sugestões de como é possível lidar melhor com ela:
Entendendo a perda emocional
É sempre importante saber o que acontece com você quando está em sofrimento psíquico. No caso da perda, o sujeito passa por uma fase transitória a qual Sigmund Freud definiu como luto. Resumidamente, nesse período o sujeito perde um objeto com o qual mantinha uma relação de amor. Pode ser um ente querido, um ex-namorado ou um amigo, ou mesmo uma cidade (no caso de mudança) e um estilo de vida (quando acontece uma transformação nas condições financeiras, por exemplo).
É importante ressaltar que o luto, para Freud, se difere da melancolia, pois é comum que as pessoas confundam um com o outro. O primeiro é um estágio transitório da vida do sujeito que, ao perder o objeto amado, passa por etapas até encontrar outro para depositar sua libido e amor. O segundo, por sua vez, é uma patologia em que o sujeito se identifica com o objeto extraviado.
Do luto surgem várias consequências para o sujeito, que entra em estágios emocionais distintos guiados por sentimentos, como medo, culpa, raiva, entre outros. Em todos esses momentos, porém, é a tristeza que assola a nossa percepção da vida. Para modificar esse quadro um dos pontos mais importantes é posicionar-se frente ao sofrimento de forma ativa, buscando formas de resolvê-lo.
Conheça algumas práticas importantes para lidar melhor com essa fase:
Não se isole: fale com alguém
A chave para recuperação do luto está na fala. É por isso que, antes de mais nada, é preciso evitar o isolamento — comportamento pode parecer muito atraente nesse período — e conversar com outras pessoas acerca do assunto, sobretudo com um psicoterapeuta. Para alguns, essa sugestão pode soar contraproducente, afinal, seria o mesmo que “cutucar a ferida”. É claro que cada pessoa tem um tempo diferente, mas o ato de conversar, nesse caso, serve mais como uma forma de cicatrização do que qualquer outra coisa.
Tente enfrentar a culpa
Outro caminho importante é não deixar se tomar pelo possível sentimento de culpa. Isso porque, na maioria das vezes em que isso acontece, o sujeito em sofrimento tende a se sentir responsável pelo acontecimento, deixando, assim, de distinguir o que é real ou não. Em alguns casos, por exemplo, passa a acreditar que poderia ter previsto o fato, mesmo sendo algo impossível de acontecer.
Não conteste seus sentimentos
Todo mundo sabe que o processo de perda envolve um turbilhão de sentimentos fortes que incomodam e causam tristeza em qualquer pessoa. Senti-los faz parte do processo de cura, portanto, é essencial não reprimi-los. Quem opta pelo contrário tende a levar esses sentimentos presos dentro de si pelo resto da vida sem tratá-los. O resultado, nesse caso, são pessoas traumatizadas, amarguradas e, muitas vezes, incapazes de experimentar novamente a alegria.
Você já passou pela experiência de perder algo ou alguém muito querido? Conhece alguém que não tenha conseguido se recuperar? Nos conte um pouco da sua experiência e vamos continuar essa conversa!
Eu estou ainda muito triste com a morte de uma pessoa muito amável uma verdadeira irmã, sei que tudo o que estou passando muitas pessoas também passam, procuro sempre pessoas para falar do assunto pra me sentir melhor e isso tem ajudado muito.
Boa tarde! meu nome é Wanja Marques, sai de um casamento longo, meses depois,me relacionei com um rapaz mais jovem, foi uma relação conturbada por conflitos geracionais, ,sociais e econômicos e traições da parte dele, está sendo muito dolorida esta separação.
Já tive e tenho essa experiência quase que impossível sair disso
Boa noite, não consigo superar a morte do meu irmão e do meu pai, acho que não sei lidar com percas essa é a verdade e vivo angustiada dia após dia, procuro por algo que não encontro e as vezes nem tenho mais interesse por nada….
Já fiz muita terapia mas parece não te resolvido…..
Olá Dulci, imagino o quanto seja difícil, mas sozinha deve ser ainda pior. Então não desista, siga se cuidando e troque de terapeuta caso ache pertinente. Desejo-lhe força e sorte para superar essa perda irreparável.