O que é Transtorno Distímico e como detectar?

Sabe aquele seu amigo que está sempre mal-humorado e irritado, parece não encontrar prazer em nada e está sempre reclamando de tudo? Ele está sempre triste, só vê o lado negativo de tudo e muitas vezes reclama de insônia, cansaço e falta de apetite?

Ou talvez não seja um amigo: pode ser que você esteja reconhecendo esses sintomas como traços de sua própria personalidade. Você acha que é normal, que você é assim mesmo e não vai mudar? Na verdade, você pode estar sofrendo de Transtorno Distímico, que compromete profundamente a sua qualidade de vida e pode evoluir para um quadro depressivo mais sério.

Então, para o seu bem-estar (ou do seu amigo), precisamos falar sobre esse quadro. Confira!

O que é e como reconhecer os sintomas

O Transtorno Distímico, ou distimia, é uma forma de depressão mais leve, porém crônica. Ao contrário das formas mais sérias de depressão, a distimia não surge de repente. Os sintomas se prolongam por até dois anos, comprometem a qualidade de vida da pessoa, que pode até mesmo desenvolver tendências suicidas. A distimia pode atingir pessoas de qualquer idade, inclusive crianças e idosos. Então, é importante prestar atenção se o vovô rabugento que nunca quer sair de casa ou a criança mal-humorada com baixo rendimento escolar, na verdade, não estariam sofrendo desse Transtorno.

Muitos sintomas podem sugerir distimia, como a perda de interesse pelas atividades diárias, o mau humor, a irritabilidade, a baixa autoestima, tristeza, fadiga, falta de energia, raiva excessiva, dificuldade de concentração, comportamento antissocial, distúrbios do sono, falta de apetite ou fome em excesso, baixa produtividade no trabalho, etc.

Como é feito o diagnóstico

Além do exame clínico, serão feitos testes de laboratório, incluindo exames de sangue como o hemograma e checagem da função da tireoide.

Na avaliação psicológica, alguns critérios importantes serão observados:

  • Se o humor deprimido vem acontecendo na maior parte do dia e na maioria dos dias, por pelo menos dois anos em adultos. Nas crianças, observa-se se a irritabilidade dura há mais de um ano. Nos adultos, há prejuízo para a vida social e para o trabalho. Nas crianças, há baixo rendimento escolar e comportamento antissocial.
  • Além do humor deprimido e irritabilidade, pelo menos dois dos sintomas mencionados no item 1 estarão presentes.
  • Durante esse período de dois anos (ou um ano para crianças e adolescentes), os períodos sem sintomas não duram mais que dois meses.
  • Durante esse período de dois anos, não acontecem episódios depressivos maiores. Se acontecerem, o diagnóstico não será de distimia, mas de Transtorno Depressivo Maior.
  • O avaliador vai investigar se, nesse período de dois anos, não aconteceram outras ocorrências como episódio maníaco, transtorno psicótico, transtorno delirante ou esquizofrenia, pois em caso positivo o diagnóstico terá de ser revisto. Da mesma forma, deverá ser descartada a possibilidade de que os sintomas sejam causados por efeito de alguma substância química ou então por alguma condição médica como problemas na tireoide ou por Alzheimer.
Como é o tratamento

O tratamento vai depender da severidade dos sintomas, mas os melhores resultados costumam vir da combinação de antidepressivos com a psicoterapia. Principalmente no caso de comportamento autodestrutivo, a psicoterapia será fundamental para que a pessoa tome consciência da distimia e aprenda a lidar melhor com os próprios sentimentos.

Cuidar da mente é tão importante quanto cuidar do corpo físico. Não espere que sua condição se agrave para procurar a ajuda de um terapeuta, pois a psicoterapia também é preventiva. A vida é muito curta para ser desperdiçada com infelicidades. Procure a ajuda de um bom psicoterapeuta e seja feliz!

Esperamos que nosso post ajude você a entender melhor o Transtorno Distímico. Venha conversar conosco, deixe seus comentários no blog!