A preocupação é uma aflição ou apreensão que experimentamos diante de uma situação que pode causar sofrimento. Ela é sentida no presente, mas diz respeito a um futuro que pode acontecer ou não.
Como a preocupação nos afeta
Se for constante e excessiva, a preocupação pode afetar nossa vida social, pessoal, afetiva e profissional, causando muito sofrimento, angústia e uma imobilização que nos impede de nos concentrarmos no presente e de vivê-lo.
Quem se preocupa em excesso fica imaginando situações negativas, cenários catastróficos, com pensamentos repetitivos do tipo “e se…” (e se eu não passar no exame, e se eu ficar endividado, e se alguém da família adoecer, etc.). Isso faz com que os fatos assumam proporções muito maiores do que realmente têm e só piora a situação, pois não apresenta nenhuma solução útil para o problema que nos aflige.
Quantas vezes em nossas vidas imaginamos o pior cenário possível e quando a situação se apresenta para nós tudo ocorre de forma diferente, muitas vezes com bastante tranquilidade? Você já parou para pensar nisso? Pense em sua trajetória de vida, em toda a sua experiência pessoal e certamente se lembrará de algum momento em que isso aconteceu. Eventos realmente catastróficos são raros!
A preocupação e a autodistração
Em muitos casos, a preocupação baseia-se em um mecanismo psicológico de “autodistração”, ou seja, o preocupado busca esquivar-se de algo que não tem coragem de fazer, de responsabilidades que não quer assumir, carências afetivas que não admite ter e mesmo de bloqueios mentais que nega possuir. É um mecanismo que impede que a pessoa veja o que ela precisa perceber no seu íntimo.
O lado positivo da preocupação
Uma certa dose de preocupação é normal em nossas vidas e isso é positivo, pois preocupar-se com o futuro nos leva a planejar mais e agir com prudência. Ela permite identificar as ameaças e os riscos aos quais podemos ser expostos, nos anteciparmos a isso e procurarmos soluções. Essa é uma preocupação produtiva.
O problema surge quando ocupamos nossa mente com preocupações improdutivas, que são aquelas que nos paralisam e não nos levam a tomar nenhuma atitude ou buscar uma solução concreta para resolver a situação.
Como diminuir nossas preocupações
Por mais que nos preocupemos, a verdade é que não podemos controlar o que vai nos acontecer: temos poder para controlar somente a forma como vamos reagir. A preocupação não fará com que os problemas, as dificuldades e angústias do amanhã desapareçam, apenas colocará obstáculos no nosso presente, sem alterar absolutamente nada em nossas vidas. Empenho, determinação, comprometimento e vontade são os fatores que poderão mudar nosso destino para melhor. Para isso, devemos viver plenamente o agora, aproveitando todas as oportunidades que ele nos apresenta. Vez por outra, pensamentos inquietantes surgirão e isso é normal, basta não darmos a eles uma dimensão maior do que de fato têm.
Quando você perceber que está se preocupando demais e de forma prejudicial, recorra a alguma estratégia para aliviar sensações desagradáveis, como atividades que o permitam se acalmar e relaxar. Foque em algo que é prazeroso para você, que traz uma sensação de bem-estar e relaxamento. Ainda assim, é importante identificar o que o deixa ansioso e preocupado e enfrentar o problema. Para isso, talvez você precise da orientação de um profissional.
Se você ficou com alguma dúvida sobre se deve ou não procurar um psicólogo, deixe seu comentário no nosso blog. Será um prazer conversar com você!
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